Quem sou eu? Quem somos nós?

por Fábio Anderson¹

A influência da mídia e dos meios de comunicação em geral, tais como a televisão, a publicidade, jornais, novelas e até mesmo revistas em quadrinhos, abrigam em si um grande potencial de inspiração jornalística/artística por se tratar de rica fonte icônica. Além disso, é por meio das mesmas que e o jornalista/artista toma consciência de seu tempo podendo refletir sobre ele e, conseqüentemente, provocar inquietação com suas matérias/obras. Afinal, a grande marca de nosso tempo, é justamente esse avanço dos meios de comunicação. É nesse contexto de reflexões advindas, por exemplo, da vulgaridade e efemeridade dos elementos cotidianos próprios da cultura de massa produzida pela mídia, que chega à blogosfera a tendência mais decisiva no quadro das vertentes representativas do agora: o Jannah Wilson Journal. Originada num colégio burguês, mas difundida para o além fronteiras – e sem nenhum manifesto próprio - os jornalistas/artistas jannahwenses se valem justamente do recorte dessa variedade de imagens corriqueiras e suburbanas por que as pessoas estão sendo bombardeadas a todo o momento. Dessa forma, o jornalismo/arte se vincula à realidade não para representá-la, mas como uma possibilidade de comunicação, como instrumento maleável de conhecimento e de intervenção no real, que é sobretudo relação. Serve, portanto, como meio de instigar as pessoas a pensar sobre o mundo em que vivem.

1-Diretor teatral do grupo Boca de Cena (Muzambinho-MG), professor de literatura, mestre, ator, agitador de massas, agricultor, sonhador, aviário e amigo. Já tem quase 50 anos.

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