BAIXARIAS DA NATUREZA
Sermos humanos faz-nos seres iguais? Nosso heroico povo luta para provar que não.
Sermos humanos faz-nos seres iguais? Nosso heroico povo luta para provar que não.
por Fábio Congiu
“Vamos ceder, enfim, a tentação das nossas bocas cruas e mergulhar no poço escuro de nós duas.” Em 1974, Chico Buarque e Ruy Guerra tiveram censurada a montagem de sua peça Calabar: o Elogio da Traição por conter – entre outras coisas – trechos de músicas como esse. Nada mais justo: bom governo era aquele militar que defendia seu povo heroico das baixarias da natureza.
Infelizmente, os tempos mudaram. Hoje, todos têm direitos e liberdades. O Estado fraco da democracia permite que hordas de homossexuais invadam as ruas de nossas cidades honestas a fim de afirmar sua igualdade em relação aos homens de bem. De onde tiraram essa ideia? Talvez eles acreditem naquele velho argumento de que o fato de sermos todos humanos nos faz seres iguais.
Boa piada. Insinuar essa igualdade é como dizer que negros têm os mesmos direitos dos brancos ou que pobres têm os mesmos direitos dos ricos. Conheci uma pessoa que dizia convictamente: “Nada contra negros e homossexuais desde que eles fiquem no seu devido lugar.” Para ela, as coisas funcionavam assim: ajudamos mendigos desde que não morem em nossa calçada, aconselhamos amigos desde que não venham nos dar conselhos, aceitamos o direito universal à crítica com a condição de que não nos critiquem. Há certa razão nisso.
Por outro lado, uma sociedade unida como a nossa de modo algum pode aceitar o seguinte argumento (o mais utilizado pelos homossexuais rebeldes): “o que é feito entre quatro paredes não interessa a ninguém”. Como não? Quer dizer, leitor, que o filho do primo do avô do seu vizinho decide jogar água para fora da bacia e você não tem nada a ver com isso? Quanta ingenuidade! Se queremos saber da vida alheia, é porque nos preocupamos com ela...
Como não se preocupar com os absurdos tangentes aos homossexuais? Certa vez, encontrei em plena Avenida Paulista uma senhora humilde, de lenço na cabeça e vestido florido. Ela, incrédula, olhava um casal de gays que apenas andavam de mãos dadas. Provavelmente, por não ter costume de presenciar cenas como aquela, não tinha noção do quanto isso é comum hoje. Todavia, a elite financeira e intelectual do Brasil tem cumprido obstinada seu papel de defensora do moralismo, pregando a não naturalidade do que alguns chamam de condição sexual por meio de artifícios como: piadinhas infames, negação de adoções, não inclusão de parceiros como dependentes em planos de saúde, ilegalidade do casamento civil/religioso e até mesmo por meio da “cura” de homossexuais em algumas igrejas.
Vivemos em tempos complicados. Há guerra, miséria, ignorância social e revoluções climáticas por todas as partes do globo. Apesar disso, em nome da ética, nossa sociedade insiste em se preocupar com coisas nem mais consideradas por muitos como problemas (por exemplo, aquilo que é feito entre quatro paredes por seres abomináveis). Portanto, depois de expressada aqui imparcialmente toda essa preocupação que tanto trabalho e ácido na língua exige dos bons cidadãos, qual afirmativa abaixo sobre homofobia o leitor escolhe?
Infelizmente, os tempos mudaram. Hoje, todos têm direitos e liberdades. O Estado fraco da democracia permite que hordas de homossexuais invadam as ruas de nossas cidades honestas a fim de afirmar sua igualdade em relação aos homens de bem. De onde tiraram essa ideia? Talvez eles acreditem naquele velho argumento de que o fato de sermos todos humanos nos faz seres iguais.
Boa piada. Insinuar essa igualdade é como dizer que negros têm os mesmos direitos dos brancos ou que pobres têm os mesmos direitos dos ricos. Conheci uma pessoa que dizia convictamente: “Nada contra negros e homossexuais desde que eles fiquem no seu devido lugar.” Para ela, as coisas funcionavam assim: ajudamos mendigos desde que não morem em nossa calçada, aconselhamos amigos desde que não venham nos dar conselhos, aceitamos o direito universal à crítica com a condição de que não nos critiquem. Há certa razão nisso.
Por outro lado, uma sociedade unida como a nossa de modo algum pode aceitar o seguinte argumento (o mais utilizado pelos homossexuais rebeldes): “o que é feito entre quatro paredes não interessa a ninguém”. Como não? Quer dizer, leitor, que o filho do primo do avô do seu vizinho decide jogar água para fora da bacia e você não tem nada a ver com isso? Quanta ingenuidade! Se queremos saber da vida alheia, é porque nos preocupamos com ela...
Como não se preocupar com os absurdos tangentes aos homossexuais? Certa vez, encontrei em plena Avenida Paulista uma senhora humilde, de lenço na cabeça e vestido florido. Ela, incrédula, olhava um casal de gays que apenas andavam de mãos dadas. Provavelmente, por não ter costume de presenciar cenas como aquela, não tinha noção do quanto isso é comum hoje. Todavia, a elite financeira e intelectual do Brasil tem cumprido obstinada seu papel de defensora do moralismo, pregando a não naturalidade do que alguns chamam de condição sexual por meio de artifícios como: piadinhas infames, negação de adoções, não inclusão de parceiros como dependentes em planos de saúde, ilegalidade do casamento civil/religioso e até mesmo por meio da “cura” de homossexuais em algumas igrejas.
Vivemos em tempos complicados. Há guerra, miséria, ignorância social e revoluções climáticas por todas as partes do globo. Apesar disso, em nome da ética, nossa sociedade insiste em se preocupar com coisas nem mais consideradas por muitos como problemas (por exemplo, aquilo que é feito entre quatro paredes por seres abomináveis). Portanto, depois de expressada aqui imparcialmente toda essa preocupação que tanto trabalho e ácido na língua exige dos bons cidadãos, qual afirmativa abaixo sobre homofobia o leitor escolhe?
a) homofobia é bonita, justa e doce
b) homofobia é enrustição
c) homofobia é falta do que fazer
Caso o leitor ainda não saiba o que responder, o seguinte vídeo disponibilizado no Youtube, "Homo Erectus", pode contribuir para o raciocínio e também facilitar o entendimento do texto.
20 comentários:
Eu voto na E D U C A Ç Ã O.
E VIVA A IRONIA DE FÁBIO CONGIU!!!
=)
Eu escolho a letra C e adiciono que RECONHEÇO aquela foto. (do meu ex)
O autor se declarou em que posição sexual mesmo logo após o texto?
kkkk
sa fa di nho
me liga
Só os burros não entenderam que o texto é uma ironia! ¬¬"
Se não fosse, não teria graça.
Muito bom o texto.
E homofobia é pura enrustição e falta do que fazer!
Vou dedicar o recente sucesso do blog ao estudo (do jornalismo em particular), de forma geral, porque ele fez a qualidade dos textos, que já eram boas pra quem os conhecia de antes, ficarem melhor ainda.E atrair, então, o interesse do público burguês que não vota 16.
XD
-> Serra, sapequinha
Eu posso te garantir que Fábio Congiu é h-o-m-e-m. E que homem!!! Mui macho!!!!! Então nada de ligações pra vc. Atrevidinho!
hahahaha
-> eu voto na alternativa A - de Amor Aos fieis homofóbicos
-> E Viva a ironia de Fábio Congiu [2] \o/
Sempre prezando pela moral e bons costumes da sociedade.
O Fábio é demais. Lindo.
PQP!!! Mais um viado dando em cima do meu namorado!!! Ninguém respeita as mulheres desta sociedade.
Vou addicionar mais uma alternativa:
D) Homofobia - Um bem necessário para as mulheres
[Aos leitores incapazes de compreender ironias: isso tudo foi uma brincadeirinha. Adoro gays! Adoro O Lucas e o Paulo. he he he!!!! - não resisti a "piadinha" kkkkk!!!]
Eu quero ouvir a opinião do Jordano sobre isso tudo. Pronto, falei.
Ai, Herlon... Sempre vc falando demais!
A Paola acha que homossexualidade passa de pessoa à pessoa. Lastimável.
Cresce, menina.
Phábio, você continua uma graXXXinha!
"O Fábio é demais. Lindo." [2]
"sa fa di nho me liga " [2]
Ok. Parei.
hahahaha
Lucas meu caro,
mais uma vez te eu digo/alerto: são esses tipos de comentários que fazem as pessoas te caluniarem.
o Hérlon é gay e homofóbico. Pronto, falei.
Gente...que BA-BA-DO. O anônimo não é o Serra. É o Plínio!
Adora jogar merda no ventilador.
hahahahaha
Paola, guarde suas entranhas pra sua vida.
Lastimável...
Ah, então é por isso que o Fábio continua uma gracinha!
Hérlon pelancudo.
"A Paola acha que homossexualidade passa de pessoa à pessoa." (comentário sobre: "lastimável!")
XDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDD
kkkkkk
E eu?
oras...
A Paola acha que homossexualidade passa de pessoa à pessoa. Lastimável! [2]
XDDDDDDDDDD
SOu contra a Paolização a que essa menina está submetendo esse blog.
"Porque mulher quando fala, perde a oportunidade de ficar bem caladinha."
Machismo move o mundo.
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